terça-feira, 18 de março de 2008

Foto do Dia

Palácio do Dente Sagrado - Kandy (Sri Lanka)

Festa do Dente Sagrado

Realizada na noite de lua cheia do mês de agosto, todos os anos em Kandy, Sri Lanka. Uma procissão de elefantes desfila pela cidade acompanhada por artistas. O elefante maior sempre carrega a miniatura de uma estupa de ouro, contendo um dente que se acredita ser de Buda.

domingo, 16 de março de 2008

Palácio Potala

O Palácio Potala (Bùdálã Gõng, em pinyin), está localizado em Lhasa, no Tibet, região autônoma da China. Foi a principal residência do Dalai Lama, até que o 14º Dalai Lama fugiu para Dharamsala, Índia, depois de uma revolta falhada, em 1959.

Atualmente o Palácio é um museu estadual da China. Recebeu o nome em referência ao Monte Potala, a morada de Cherenzig, ou Avalokiteshvara.

O lugar foi usado para refúgio de meditação pelo Rei Songtsen Gampo, que construiu, em 637, o primeiro palácio como saudação à sua noiva, a princesa Wen Cheng da Dinastia Tang da China. A construção do atual palácio começou em 1645, durante o reinado do quinto Dalai Lama, Lozang Gyatso. Em 1648, o "Potrang Karpo" (Palácio Branco) foi concluído, e o Palácio Potala passou a ser usado como Palácio de Inverno pelo Dalai Lama a partir dessa época. O "Potrang Marpo" (Palácio Encarnado) foi acrescentado entre 1690 e 1694.

Construído a uma altitude de 3.700 m, do lado da colina Marpo Ri, a Montanha Encarnada, no centro do Vale de Lhasa, o Palácio Potala, com as suas vastas muralhas interiores apenas quebradas nas partes superiores por filas retas de muitas janelas, e os seus telhados planos em vários níveis, não é diferente de uma fortaleza na sua aparência. Na base sul da rocha fica um grande espaço encerrado por muros e portões, com grandes pórticos no lado interior. Uma série de escadarias relativamente fáceis, quebradas por intervalos de subidas suaves, conduz ao topo da rocha. Toda a largura desta é ocupada pelo palácio.

A parte central deste grupo de edifícios ergue-se numa massa quadrangular, acima dos seus satélites, a uma grande altura, terminando em telhados dourados, semelhantes aos do templo de Jokhang. Este membro central do Potala é chamado de "Palácio Encarnado" devido à sua cor, o qual o distingue do resto do conjunto. Este contém as principais galerias, capelas e santuários dos antigos Dalai Lamas. Nestas dependências existem muitas pinturas ricamente decoradas, com trabalhos de joalheria, entalhes e outros ornamentos.

O Palácio Potala foi inscrito pela UNESCO no Patrimônio Mundial da Humanidade em 1994.

Na próxima semana: O Palácio Branco

sexta-feira, 14 de março de 2008

Foto do Dia

Palácio Potala - Lhasa (Tibet; China)
Palácio Budista (Lamaísta)

Vídeo da Semana

Cena do filme "O Pequeno Buda"

Sobre o Buda

Estórias sobre centenas de vidas passadas do Buda são relatadas em antigos contos conhecidos como Jatakas. Ele era um bodhisattva, isto é, alguém que passou muitas eras praticando as perfeições que conduzem à iluminação. Depois de completá-las, ele desceu do paraíso de Tushita e renasceu como um príncipe no norte da Índia, por volta do século VI a.C. A vida desse príncipe também é narrada em muitos textos tradicionais.
Naquele tempo, a Índia estava dividida em pequenos estados e sua sociedade era dividida em castas. Desde aquela época, já havia uma grande diversidade de práticas religiosas.
Certa vez, a rainha Maya do clã dos Shakyas sonhou com um elefante branco que trazia uma flor de lótus em sua tromba. Ela contou este sonho ao seu marido, o rei Shuddhodana, mas ele não soube interpretá-lo.
Os sábios brâmanes esclareceram que o sonho era um prenúncio do nascimento de um filho prodigioso: ele se tornaria um monarca universal ou um monge. O nascimento do menino, cercado de eventos auspiciosos, aconteceu no jardim de Lumbini.

Ele seria chamado de Sarvarthasiddha Gautama - "aquele da família Gautama que realiza todas as suas metas", logo simplificado para Siddhartha Gautama - "aquele da família Gautama que realiza todas as suas metas".

Um velho eremita brâmane chamado Asita descobriu vários sinais no corpo do bebê e previu que o príncipe se tornaria um ser iluminado. A rainha Maya faleceu uma semana depois de dar à luz e a criança passou a ser cuidada pela tia, Prajapati.

Durante sua infância, Siddhartha foi educado pelos melhores professores do seu tempo e atingiu excelência em todos os campos de conhecimento. Ele também desenvolveu grandes habilidade marciais e venceu um torneio de artes militares, obtendo o direito de se casar com sua bela prima Yashodhara.
Na tentativa de entreter Siddhartha, o rei Shuddhodana deu a ele três grandes palácios, onde desfrutava das melhores comidas, bebidas, vestimentas e prazeres.

Quando Siddhartha saiu pela primeira vez dos palácios, ele encontrou com um velho, um doente, um morto e um asceta. Angustiado com o que viu, o príncipe fugiu para a floresta a fim de se dedicar à prática espiritual e encontrar o fim do sofrimento.
Seu único filho, Rahula, nasceu na noite em que ele decidiu partir. Apesar do coração repleto de afeição pela esposa e pelo filho, ele não hesitou em deixar seus palácios para buscar o caminho da prática espiritual. Como símbolo de sua renúncia, Siddhartha cortou seus longos cabelos com uma espada.

Siddhartha passou a praticar austeridades na floresta, sendo acompanhado por outros conco ascetas. Depois de seis anos, ele pecebeu que este estilo de vida não traria o fim do sofrimento.
Subitamente, ele compreendeu que a entrega aos prazeres mundanos e ao ascetismo são dois extremos; o ideal é seguir um caminho intermediário, o caminho do meio.

Uma jovem pastora chamada Sujata decidiu fazer uma oferenda de leite e arroz aos seres divinos da floresta. Aquele era um gesto de agradecimento por ela ter conseguido um filho.
Ao ver Siddhartha meditando na floresta, Sujata pensou que ele fosse uma divindade e lhe entregou uma oferenda. Siddhartha se alimentou e logo recuperou a saúde.
Os outros ascetas pensaram que ele tinha abandonado sua busca pelo despertar e o deixaram para trás. Siddhartha foi então para Bodh Gaya, onde os seres iluminados do passado atingiram o despertar. Ele se sentou sob a figueira de bodhi e jurou que só se levantaria após atingir a iluminação.

Mara, o demônio do ego, tentou distrair Siddhartha de sua meditação. Suas três filhas - a cobiça, a raiva e a ignorância - tentaram seduzí-lo, mas não tiveram sucesso.
As hordas de demônios tentaram atacá-lo, mas suas flechas, pedras e bolas de fogo transformaram-se em pétalas e faíscas. Siddhartha tomou a terra como sua testemunha e continuou a meditar.

Na primeira vigília da noite, ele contemplou a sucessão de todas as suas vidas passadas. Na segunda vigília, ele contemplou o karma - o modo como as ações e seus frutos condicionam todos os seres. Na terceira vigília, ele contemplou o sofrimento, sua causa, sua cessação e o caminho que leva à cessação.
Pela manhã, Siddhartha finalmente atingiu o bodhi - a iluminação, o despertar - e exclamou "Maravilha das maravilhas, todos os seres são completos e perfeitos, dotados de virtude e sabedoria, mas os pensamentos ilusórios impedem que percebam isso".
A partir de então, ele passou a ser conhecido como Buddha - o Iluminado, o Desperto - e como Shakyamuni - o Sábio dos Shakyas.

Durante os 49 dias seguintes, o Buddha Shakyamuni permaneceu em meditação. Inicialmente, ele pensou que os seres seriam incapazes de compreender o Dharma, o caminho que leva à iluminação.
Entretanto, um ser divino ajoelhou-se aos seus pés e implorou que ele desse ensinamentos. Cheio de amor e compaixão pelos seres, o Buddha então decidiu transmitir o Dharma.
Buddha Shakyamuni procurou os acetas que tinham sido seus companheiros e lhe concedeu os primeiros ensinamentos. Eles se tornaram os primeiros monges e assim surgiu a Sangha, ou comunidade budista.

O Buddha passou a viajar constantemente para expor o Dharma, atraindo muitos discípulos. Em três meses, sessenta discípulos já tinham atingido a santidade.
Eles foram enviados a várias direções como mensageiros do Dharma, "para o benefício de muitos, para a felicidade de muitos, por compaixão pelo mundo".

O Buddha Shakyamuni visitou o seu reino, dando ensinamentos a seus amigos e parentes, incluindo seu pai, seus tios e seus primos.
Muitos deles tornaram-se monges e entraram para a ordem monástica budista.
Seu filho Rahula também foi ordenado como monge noviço e mais tarde atingiu a santidade.

Seu pai, Shuddhodana, atingiu a santidade em seu leito de morte. O próprio Buddha Shakyamuni cuidou de seus funerais.
Após a morte do pai, sua tia Prajapati e sua esposa Yashodhara tornaram-se as primeiras monjas budistas.
Seu primo e atendente, o monge Ananda, foi muito importante para o estabelecimento da ordem monástica feminina.

A cada ano, na estação das chuvas, o Buddha Shakyamuni reunia-se com seus discípulos para fazer um retiro.
Generosos benfeitores doaram monastérios para a comunidade budista se reunir e fazer seus retiros.
Certa vez, ao fazer um retiro solitário na floresta, o Buddha foi atendido por um elefante e um macaco.
Um temido assassino chamado Angulimala tinha matado 999 pessoas e carregava no pescoço uma guirlanda com dedos de suas vítimas.
O Buddha Shakyamuni seria sua milésima vítima, mas depois de conhecê-lo, Angulimala tornou-se monge.
Com seu amor e compaixão, o Buddha viu que ele tinha capacidade de cultivar a amizade e a bondade.
No futuro, Angulimala atingirá a iluminação e se tornará um buddha solitário.


Aos 80 anos de idade, o Buddha Shakyamuni proferiu seus últimos ensinamentos e atingiu a liberação final, ou parinirvana, em um bosque da cidade de Kushinagara. Uma semana depois, seu corpo foi cremado e suas relíquias foram divididas, sendo preservadas em muitos relicários.

Quando desaparecerem todos os ensinamentos do Buddha Shakyamuni, o bodhisattva Maitreya descerá do paraíso de Tushita e renascerá em nosso mundo para se tornar o próximo Buddha.

Buda - Etimologia

Em sânscrito e páli, antigas línguas indianas, a palavra Buddha significa Iluminado ou Desperto. Em geral, esta palavra refere-se a Siddhartha Gautama, o Buddha histórico.

Em chinês, o equivalente é Fo, em coreano, But, em japonês, Butsu, e em tibetano, Sangye.

segunda-feira, 10 de março de 2008

Forum

Amados alunos ...

... o endereço do nosso Forum é:
www.heresiologiaII.forumeiros.com

Entrem e postem suas idéias e debates.

domingo, 9 de março de 2008

Símbolos Egípcios - Ankh


Ankh é um antigo símbolo egípcio da vida. Também é conhecido como Cruz Ansata, Chave da Vida, Chave do Nilo.

As barras horizontal e vertical representam a energia feminina e masculina, respectivamente. Esta combinação dos símbolos de macho e fêmea (a cruz e círculo) no ankh sugerem fertilidade e poder criativo. O laço também simboliza o sol no horizonte, e sugere reencarnação e renascimento.

O ankh aparece freqüentemente nos escritos egípcios sobre renascimento, e este simbolismo foi aprovado por cristãos coptas, especialmente por seitas gnósticas, para simbolizar a ressurreição de Cristo. O ankh surgiu primeiro do que a forma de cruz "latina".

O ankh também tem significado no ritual de magia, Wicca e tradições neopagãs, como um símbolo da imortalidade.

sexta-feira, 7 de março de 2008

Deuses Egípcios - Parte II

Veremos agora quais deuses fazem parte do panteão egípcio:
AMMUT
Ammut é o estruidor das almas dos ímpios.
Sua aparência é de cabeça de crocodilo, juba e patas dianteiras de leão e patas traseiras de hipopótamo.
AMON
É o rei dos deuses. O senhor dos templos de Luxor e Karnak.
Tem por esposa Mut e por filho Khonsu. Sua personalidade formou-se por volta de 2.000 a.C. e traz algumas funções de Rá: sob o nome de Amon-Rá, ele é o sol que dá vida ao país.
À época de Ramsés III, Amon tornou-se um monárquico, mesmo título que Ptah e Rá.
Frequentemente representado como um homem vestido com a túnica real e usando na cabeça duas altas plumas do lado direito, ele se manifesta, igualmente, sob a forma de um carneiro e, mais raramente, de um ganso.
ANÚBIS
Anúbis é o mestre dos cemitérios e deus da mumificação. É mesmo o primeiro entre eles, a quem se deve o protótipo das múmias: a de Osíris. Todo egípcio espera beneficiar-se em sua morte do mesmo tratamento e do mesmo renascimento desta primeira múmia.
Anúbis também introduz os mortos no além e protege seus túmulos com a forma de um cachorro deitado em uma capela ou caixão. É representado como homem com cabeça de chacal ou forma de um chacal ou na forma de um cachorro selvagem. Esse animal que frequenta as necrópoles lhe é associado.
Neftis é sua mãe e Seth seu pai.


APIS
Boi com marcas na pele e disco solar entre os chifres, ou cabeça de boi.
Ligado a Ptah.
Sua sepultura está em Sakkara.

ANUKIS
Coroa branca ladeada de dois chifres de gazela usada pela deusa Satis.
ATUM
Em Heliópolis, ele é o pai e o rei de todos os deuses, o criador do universo que, por sua vontade, extraiu-se do caos inicial.
Depois, escarrando, soprando ou se masturbando, deu nascimento ao primeiro casal divino: Chu e Tefnut.
Atum é mais frequentemente representado como um rei vestido de uma tanga e mais raramente com o aspecto de uma serpente, usando as duas coroas do Alto e Baixo Egito.
Tem a forma de um disco cujos raios terminam em formas de mãos, cada uma das quais é titular de um ankh, para simbolizar que o sol dá vida.

quinta-feira, 6 de março de 2008

Os Deuses Egípcios

Os deuses pagãos tem muito em comum com os homens: podem nascer, envelhecer, morrer: possuem um corpo que deve ser alimentado, um nome, sentimentos. No entanto, estes aspectos muito humanos escondem uma natureza excepcional: seu corpo, composto de matérias preciosas, é dotado de um poder de transformação, suas lágrimas podem dar nascimento a seres ou minerais. Os poderes dos deuses são sempre comparados a alguma propriedade dos elementos da natureza ou dos animais, o que dá lugar à representações híbridas às vezes espantosas.

Para representar os deuses, todas as combinações são possíveis: divindades totalmente humanas, deuses inteiramente animais, com corpo de homem e cabeça de animal, com o animal inteiro no lugar da cabeça (o escaravelho, por exemplo) ou com cabeça humana. A esfinge, imagem do deus-sol e do rei, é um leão com cabeça humana. Há animais comuns a muitas divindades (o falcão, o abutre, a leoa) e outros que são característicos de apenas uma (ibis de Thot, o escaravelho de Khepri).

Os egípcios mumificavam e enterravam seus animais doméstico. Sobretudo em uma data relativamente tardia, no decorrer do 1º milênio a.C. os egípcios sacrificavam animais para mumificá-los e amontoá-los aos milhares em cemitérios especiais. São, provavelmente, ex-votos que os devotos compraram dos sacerdotes para oferecer a seu deus seu animal preferido.

O culto dos touros sagrados é muito mais antigo: um animal único torna-se uma manifestação terrestre do deus. Ele tem direito a um enterro com grandes pompas.

Qual seu ponto de vista sobre os deuses egípcios? Como surgiram esses deuses? Eles foram revelados aos homens ou criados por eles?