O Hinduísmo, que tem cerca de 800 milhões de praticantes em todo o mundo (em sua maioria pessoas que nasceram na Índia ou descendentes de indianos), destaca-se de outras grandes religiões pelo fato de que sua origem não remonta a nenhum indivíduo ou acontecimento histórico específicos. A fé, que é tão diversa quanto a própria Índia, é uma extraordinária coleção de variações e expansões - algumas antigas, outras mais recentes.
Essa religião profundamente variada dá uma ênfase muito grande ao ato de libertar-se do mundo que vemos e na eliminação das amarras que nos prendem ao plano material da existência, chegando a incluir a identidade pessoal. Por toda a sua complexidade, interconexão e desenvolvimento contínuo, esse cerne místico do Hinduísmo perdura até hoje.
Os eruditos acreditam que essa religião tenha surgido por volta de 3.500 anos atrás, a partir de interações entre os conquistadores arianos e as tradições já existentes no subcontinente indiano.
Hindu significa "indiano". As diversas práticas religiosas incluídas nesse nome representam a tradição religiosa dominante (o que significa a única) na Índia, mas os próprios praticantes não descrevem sua fé de um modo limitado ou nacionalista.
Como o Hinduísmo não nasceu de uma pessoa nem instituição específicas, ele é visto como eterno e imutável em sua essência. Os fiéis acreditam que ele sempre existiu.
É um erro tentar extrair um "sistema de crença" da vasta gama de tradições e rituais do Hinduísmo. Daí por que algumas pessoas preferem não usar a palavra Hinduísmo mas falar das religiões da Índia. Embora seja possível identificar elementos amplos dentro da fé, o Hinduísmo em sua estrutura expressa a profunda diversidade da experiência humana do Divino. Livre de doutrinas formais ou absolutas, essa religião mostrou uma notável adaptabilidade em sua abrodagem ao desenvolvimento de experiências místicas e transcendentais.
"Aqueles que vêem todos os seres no Eu, e o Eu em todos os seres, jamais se afastarão dele". Assim está escrito no Upanixades, um texto sagrado que busca reconciliar a (aparente) discórdia e profusão da existência física em uma única harmonia arrebatadora. Os versos são relevantes tanto para a jornada espiritual do indivíduo quanto para os incontáveis instrumentos fornecidos pelo Hinduísmo para facilitar essa jornada.
Um ocidental que tente compararsuas doutrinas religiosas às do Hinduísmo provavelmente desistirá, meneando a cabeça. Doutrinas precisas são difíceis de se encontrar nessa expressão de fé.
Ainda assim, existem alguns princípios aceitos de modo geral. A melhor maneira de entender esses princípios é, talvez, examinar rapidamente as raízes da fé hindu.
segunda-feira, 22 de setembro de 2008
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