Quando sabemos pouco, ou nada acerca das crenças religiosas de nosso vizinho, fica fácil classificá-lo como o outro - a vítima mal orientada (ou pior) de práticas estranhas e possivelmente imorais. Quando definimos outra tradição como o outro, estamos a um passo de desvalorizá-la de modo injusto.
O outro é geralmente o inimigo, ou pelo menos um competidor. E quando fazemos essa designação, não importando quais as palavras que usamos, nos movemos do mundo de espiritualidade para o da conquista militar, independente de termos ou não desferido um golpe ou dado um tiro.
Quando um membro de outra tradição religiosa é relegado à condição de outro, é freqüentemente visto como alguém menos humano ou de valor inferior ao nosso. (Considere, por exemplo, os estereótipos desumanizadores associados ao anti-semitismo através dos séculos ou o atual preconceito da mídia americana contra as práticas do Islamismo). Esse processo denegridor é contrário à injunção praticamente universal da maioria das tradições religiosas de honrar e respeitar toda a vida humana.
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